Saudades de conversar até tarde,
Namorar sob o brilho do olhar,
Brigar por coisas tão pequenas,
E logo depois, querer se explicar.
Pedir desculpas meio sem jeito,
Com o coração ainda a pulsar,
Brigar outra vez, como de costume,
Mas sem nunca deixar de se amar.
Ficar triste, unir-se ao silêncio,
Pensando se tudo vai desabar,
Mas o amor, esse teimoso bonito,
Sempre encontrava um jeito de ficar.
E assim seguíamos, imperfeitos, reais,
No vai e vem de quem sabia amar.
Pois no fim, o que valia de verdade
Era o amor que vinha nos reconciliar.
Mas, dessa vez, o orgulho falou alto,
Calando, enfim, a voz do coração.
O que parecia ter pouca importância
Trouxe silêncio, dor e separação.
Então eu pergunto: cadê o amor?
Intimidou-se e ficou mudo, calado?
Ou esse nobre e doce sentimento
Não existia, eu estava enganado?
Autor: Um Eterno Sonhador.
#JNG